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quinta-feira, 29 de março de 2012

Dê Sangue e salve uma vida



30 minutos é o suficiente para um acto heróico. 30 minutos é o necessário para salvar vidas. 30 minutos bastam para dar sangue

Dia 27 do mês de Março é o dia do Dador de Sangue. Um dia muito importante, porque “dar sangue, é dar vida. Nós damos o melhor de nós, o nosso sangue” como afirmou a presidente da direcção do Grupo Humanitário Dadores de Sangue da Covilhã, Luísa Branco.
Colheita de sangue
Para alguém se tornar dador oficial é necessário que dê sangue pelo menos duas vezes, pois só dessa forma pode fidelizar a sua presença no grupo dos dadores de sangue. Ana Rita Lima, estudante, é dadora de sangue há um ano e meio e para ela ser dadora significa “ajudar alguém a continuar a viver. Ao dar algo que é só meu a alguém que precisa sinto-me solidária. Temos que pensar que um dia é para os outros mas mais tarde pode ser para nós”.
O Sangue não sobra e ninguém deve pensar que o seu tipo de sangue é comum e que por isso não precisa de doar. Precisa sim, porque todo o sangue faz falta. E há sempre alguém que precisa dele para viver.

RH+ e RH- dentro do organismo
O sangue humano é um tecido vivo que circula no nosso corpo, tendocomo principal função a manutenção do organismo,
transportando oxigênio dos pulmões para o restante corpo e nutrientes a todos os órgãos, de forma a defender o corpo contra infecções.
Este transporta os alimentos para as células e recolhe todos os resíduos que se formam nos órgãos, levando-os até aos rins para serem eliminados.
O sangue é composto por uma parte celular e uma parte líquida. Da celular fazem parte os Hemácias (Glóbulos Vermelhos), os Leucócitos (Glóbulos Brancos) e as Plaquetas, estas encontram-se imersas na parte líquida que é composta pelo Plasma.
Há vários tipos de sangue. Dentro do RH+ encontram-se o A+, o B+, 0+ e o AB+. Dentro do RH- , o A-, o B-, o 0- e o AB-.
Com 50 quilos entre 18 e 65 anos, pode salvar uma vida
O sangue é algo que não se fabrica, e todos os dias é preciso em hospitais, para os mais variados tipos de “doenças”. Tanto os homens como as mulheres podem dar sangue. Contudo os homens podem doar de três em três meses e as mulheres apenas de quatro em quatro meses. Ninguém é obrigado a dar sangue, mas segundo Ana Rita Lima ao doar sangue “sinto-me bem e feliz por saber que assim posso ajudar alguém num momento de necessidade” e nenhum dador de sangue tem obrigações mínimas, contudo a estudante diz-nos que “ é um dever de todos os cidadãos. Ajudar o próximo é um dever da sociedade e acho que se aplicasse-mos esta máxima em todas as situações o mundo seria decerto um lugar bem melhor”.
Dar sangue não deve ser em jejum. Não engorda, não enfraquece, não causa qualquer tipo de hábito.
Todas as pessoas podem dar sangue desde que cumpram os requisitos mínimos para se ser dador de sangue. Pode-se dar sangue desde que se esteja em bom estado de saúde, peso igual ou superior a 50 kg e idade compreendida entre os 18 e os 65 anos, no entanto para uma primeira doação é necessário ter até 60 anos.
Não pode dar sangue quem: experimentou drogas por via endovenosa; teve contacto sexual a troco de dinheiro; nos últimos seis meses trocou de parceiro sexual; é seropositivo; teve parto nos últimos seis meses e/ou esteja a amamentar; fez transfusão de sangue em menos de um ano; tenha tatuagens ou piercings feitos há menos de um ano; tenha sido operado ou tenha feito uma endoscopia em menos de seis meses; tenha hipertensão ou hipotensão.
30 minutos e 25 dias de validade
Agulha Estéril
Doar sangue não é apenas chegar a um hospital e tirar o sangue com uma agulha. Este processo tem várias etapas. Em primeiro lugar o doador, chega ao local onde estão a fazer a colheita de sangue, e tem de se inscrever através de uma ficha de inscrição, onde é necessário apresentar um documento oficial de identidade. O segundo passo do processo envolve a tiragem clinica, isto é, a pessoa é observada por um médico, para ele definir o seu estado de saúde e para ter a certeza que não será lesado por doar sangue, nem será prejudicado o doente que o receber. Esta etapa envolve a verificação dos batimentos cardíacos, da pressão arterial, da temperatura do corpo e do peso. É também colectada uma pequena gota de sangue para averiguar se o candidato a dador não é ou não está anémico.
Todas as informações prestadas pelo doador são tratadas com sigilo absoluto pelo médico e pelos técnicos responsáveis pela colheita do sangue.
A terceira fase envolve a colheita de sangue. Utiliza-se um saco e uma agulha estéril, de utilização única. Ao dador ser-lhe-ão retirados 450 ml de sangue. Por fim, cada pessoa que faz a doação tem direito a uma refeição ligeira que permite alguns minutos de convívio com a equipa que o acompanhou e repouso para
recuperar energias.
Todo este processo dura cerca de 30 minutos.
Sangue para testes
São retirados a cada pessoa 450 ml de sangue, e uma pequena amostra, amostra essa que fica separada e vai para testes, para se saber se o sangue é bom para ser utilizado. Essa amostra é submetida entre 23 a 25 testes.
Após a colheita de sangue, este é levado para o Instituto Português do Sangue, onde fica depositado durante cerca de 25 dias, portanto, 25 dias diga-se que é o máximo de tempo de conservação de um sangue recolhido , após todos os testes às respectivas amostras. O que acontece é que o sangue nunca é desperdiçado, isto porque há três sedes do Instituto Português do Sangue, concretamente Lisboa, Porto e Coimbra, e quando o sangue está a chegar ao limite do tempo, há uma rotação, passando assim para uma das sedes que mais necessita.
O Sangue recolhido é muito valioso
Não há falta de sangue, o que acontece é que o Instituto Português do Sangue deixou de fazer colheitas semanais, passando para colheitas quinzenais, levando assim muitas pessoas a deixar de contribuir, porque é impossível duas vezes por mês atender as pessoas que se atendiam em quatro vezes. “Toda a falta de sangue deve-se às colheitas terem sido diminuídas, e há uma desmotivação por parte dos dadores, contudo, essa diminuição faz parte do plano de contenção do governo” explica Luísa Branco.
Qualquer pessoa é candidata a receber sangue, porque qualquer ser humano corre o risco de passar por situações, as quais obriguem a necessitar deste liquido bastante valioso. Caso seja necessário uma transfusão de sangue, não interessam quais são as condições económicas ou sociais do indivíduo em causa, pois todos têm acesso igualitário à utilização terapêutica do sangue e dos seus derivados, como por exemplo asplaquetas.
Se não houver sangue disponível em qualidade e quantidade adequada num hospital, as cirurgias podem ser canceladas. Cirurgias cardíacas, transplantes de rins, de fígado e de medula óssea são das que mais necessitam de sangue e plaquetas. Outra situação é em doentes que façam quimioterapia, se não receberem o suporte da transfusão, poderão não superar essa fase do tratamento.
Se ainda não és dador de sangue, do que estás à espera???

Outro dos meus artigos.

6 comentários:

  1. Eu gostava de ter essa coragem , mas cada vez que tenho que fazer analises que são apenas umas gotas já é um filme e ver o sangue então para mim é um martiriu , fico a sentir-me super mal.

    Bj!

    www.algodao-docedoce.blogspot.com

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  2. Das coisas que mais me orgulho de ser ... gostei do texto, só acho que podias ter mencionado a regularidade com que as pessoas podem dar sangue, os homens 3 vezes ao ano, as mulheres 2 (por causa da menstruação, além de que não podem dar durante a menstruação, e devem ter cuidado se quiserem dar na semana seguinte, porque o corpo precisa de "reajustar" os níveis) ... de resto, muito bom =))

    eu até seria dadora de medula, mas o terem de ver à coluna ... ainda é coisa que me transtorna um pouco :S

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  3. eu não posso dar porque peso menos de 50 kilos :P
    mas achei muito boa a iniciativa e o teu trabalho com este post querida
    ***********
    HF

    http://the-hf-blog.blogspot.pt/

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  4. quem me dera não desmaiar de cada vez que dou sangue:s

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  5. Já dei sangue e espero poder continuar a dar. Não custa nada e podemos salvar alguém :)

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Obrigada pela visita! ;)