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domingo, 22 de abril de 2012

A esperança é a última a morrer


A esperança é a última a morrer

O cancro da mama é uma doença que não afecta apenas mulheres
Existente também nos homens


O cancro da mama é um problema de saúde pública, em que a taxa de mortalidade é bastante alta. Em Portugal surgem perto de 11 novos casos de cancro da mama por dia, o que equivale a 4500 novos casos por ano. Por dia chegam a morrer cerca de 4 mulheres com esta doença.
É de notar que entre 5 a 10% dos casos diagnosticados aparentam características genéticas e hereditárias.
O cancro da mama também é possível nos homens. Em Portugal cerca de 1% de todos os cancros da mama detectados são no homem. É o mesmo tipo de cancro, no entanto é mais comum entre as mulheres, correspondendo à segunda maior causa de morte feminina.
O cancro da mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. Apresenta-se como uma massa dura e irregular, que quando é palpada distingue-se do resto da mama pela sua consistência.
Lobos, lóbulos e ductos são algumas das secções da mama
A mama é uma glândula que pode produzir leite e que assenta nos músculos do peito, que cobrem as costelas.
Da mama fazem parte os lobos, os lóbulos, os ductos e os mamilos. Os lobos são as secções pelas quais a mama está dividida, que chegam a ser entre 15 a 20. Estes lobos contêm lóbulos mais pequenos, que contêm pequenas glândulas que produzem leite. O leite flui dos lóbulos através dos ductos, pequenos tubos finos que fazem o percurso, até ao mamilo, que é o centro de uma área escura de pele, a aréola. O restante espaço é preenchido por gordura. Para além desta constituição a mama conta ainda com vasos linfáticos, que transportam um pequeno volume de líquido, a linfa.
Os sintomas e os factores de risco nem sempre são certezas
Dar importância aos pequenos problemas
É importante que cada pessoa seja conhecedora de todos os sinais que possam levar a uma suspeita do cancro da mama, porque a prevenção é o tratamento mais eficaz. O aparecimento de nódulos na mama ou nas axilas, a mudança no tamanho ou no formato da mama, a alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da mama ou da aréola (mamilo), o corrimento pelo mamilo, com ou sem sangue e a retracção da pele da mama ou do mamilo são os sintomas mais presentes quando existe a doença.
Embora os estadios iniciais do cancro não causem qualquer dor, se estes sintomas continuarem ou se começar a haver qualquer tipo de dor é conveniente consultar um médico.
Para além de todos os sintomas, também há certos factores de risco que é necessário ter-se em conta. Com idade aumentada a possibilidade de ter cancro da mama é maior, pois este cancro é menos comum antes da menopausa; bem como se tiver havido cancro da mama na família ou já na própria pessoa; se a primeira gravidez for depois dos 31 anos e história menstrual longa; se tiver feito uma radioterapia no peito antes dos 30 anos; se sofrer de obesidade após menopausa, inactividade física ou ingerir bastantes bebidas alcoólicas, tudo isto são factores de risco e alguns com possibilidade de serem evitados.
Por vezes existem estes sintomas e estes factores, no entanto não são certezas e são muitas as mulheres que os apresentam e podem nunca vir a desenvolver esta doença.
O cancro da mama não é sempre igual
O cancro da mama aos olhos daqueles cidadãos normais não passa de um cancro, uma doença maligna. No entanto, aos olhos dos especialistas, o cancro da mama tem vários tipos possíveis.
Carcinoma ductal “in situ” (CDIS) é um tumor da mama não invasivo. No geral dos casos, todas as mulheres que tenham esta doença podem ser curadas; Carcinoma lobular “in situ” (CLIS) não se trata de um cancro verdadeiro, e é não invasivo. No entanto, as mulheres com esta alteração no peito, podem vir a desenvolver um cancro da mama invasivo; Carcinoma ductal invasivo (CDI) é o cancro da mama mais frequente. Tem origem nos ductos e invade os tecidos à volta. Este cancro pode espalhar-se através dos vasos linfáticos ou do sangue, atingindo vários órgãos do corpo; Carcinoma lobular invasivo (CLI) tem origem nas unidades que produzem o leite, ou seja, nos lóbulos. Este tipo também se pode espalhar por todo o corpo. O Carcinoma inflamatório da mama, Carcinoma Medular, Carcinoma Mucinoso, Carcinoma Tubular e o Tumor Filóide Maligno são outros tipos de tumores da mama, mas bastante raros.
Palpação
A palpação ajuda a evitar doenças
O auto exame à mama é simples. Palpa-se o seio/mama à procura de algum endurecimento ou alguma zona mais dura ou áspera.
Cada pessoa poder fazer o rasteiro a si própria. O procedimento é a palpação de cada uma das mamas procurando alguma anomalia. Já quando a palpação é feita por um especialista, este consegue distinguir os nódulos benignos dos cancerígenos, pois os benignos apresentam-se macios, lisos, redondos e móveis, enquanto um nódulo duro, com forma irregular e que se encontre fixo é provavelmente cancerígeno.
A nível nacional já foram executados mais de 1 600 00 exames de rastreio (mamografias) e detectados cerca de 2 200 cancros, mas em pequenas dimensões o que permitiu um tratamento menos agressivo.
Exames e diagnósticos são a melhor forma de conhecer
O médico não só deve fazer o exame clínico como deve também pesquisar algumas informações sobre a história familiar do paciente.
O especialista começa por fazer a palpação para verificar se não encontra nada suspeito. Se pelo contrário verificar alguma coisa fora do comum, este pode pedir que o paciente realize alguns exames para averiguar bem a situação. Exames como uma Mamografia, uma Biópsia, uma Citologia Aspirativa ou uma Ultrassonografia.
Mamografia
A Mamografia é o principal exame da mama, realiza-se através de raios X específicos para cada parte do corpo. É um exame bastante preciso, o que vai facilitar o médico, pois permite saber o tamanho, a localização e as características do nódulo.
Já a Biópsia trata-se do procedimento que permite recolher uma amostra do nódulo suspeito. Com este exame retira-se uma mostra de tecido e este é examinado por patologistas. É o exame que melhor permite saber se está ou não perante um cancro da mama.
No exame Citologia Aspirativa o médico, com a ajuda de uma agulha fina e uma seringa, aspira uma certa quantidade de líquido ou de tecido do nódulo para examinar ao microscópio. Esta técnica esclarece se é um quisto, um cancro, ou apenas um nódulo sólido.
A Ultrassonografia é uma ecografia que deve complementar uma mamografia e informa se o nódulo é um quisto ou se é uma massa sólida que pode ou não ser cancerígena.
No entanto, pode também recorrer aos exames normais, como análises ou ecografia.
Cirurgias, biópsias, quimioterapia, hormonoterapia e reabilitação são os tratamentos possíveis
Tratamentos
Há vários tipos de tratamento para esta doença, dependendo sempre do estado do tumor e do estado de saúde em geral da pessoa em causa.
O médico pode optar sempre pela combinação de vários tratamentos caso seja necessário, ou caso apenas um não seja o suficiente para retirar o tumor.
O tratamento deste tipo de tumor pode ser localizado ousistémico. Isto é, o tratamento local remove ou destrói as células do cancro da mama, como é o caso da cirurgia e da radioterapia. No entanto, se este estiver metastizado por outras partes do corpo, este tratamento só pode ser usado para controlar a doença numa área específica. Quanto ao tratamento sistémico, é também chamado de terapêutica alvo, este tipo de tratamento entra na corrente sanguínea e destrói ou controla o cancro, em todo o corpo. Este tratamento também pode ser utilizado para diminuir o tamanho do tumor antes da cirurgia ou da radioterapia, para que a intervenção seja menos extensa. Há ainda outros casos em que esta terapêutica é utilizada após a cirurgia e/ou a radioterapia, para prevenir que alguma célula cancerígena tenha permanecido, e que seja responsável pelo retorno do cancro. A quimioterapia e a terapêutica hormonal são exemplos de tratamento sistémico.
Reconstrução da mama
Reconstrução Mamária






Após a Mastectomia (retirar o peito afectado) são muitas as mulheres que recorrem a vários meios para não se sentirem deprimidas e de certa forma “deficientes”. A prótese é uma das soluções, a outra é a reconstrução mamária.
Quando a pessoa pensa na reconstrução da mama deve dirigir-se, antes da mastectomia, a um cirurgião plástico para que este possa conhecer o seu peito e estar ao corrente do seu problema. Na reconstrução da mama podem ser usados vários procedimentos, como fazer implantes salinos ou em silicone, ou retirar tecido de outra parte do corpo (pele, músculo e gordura) e fazer a transferência para o peito que foi afectado. Os tecidos mais aconselhados são os da barriga, costas e nádegas.


Mais um artigo meu para a cadeira "jornalismos especializados".
Não sei se devia ou não, mas gosto de ir publicando os meus bons trabalhos ;)

5 comentários:

Obrigada pela visita! ;)